Volto à questão sobre o fato vergonhoso ocorrido no campus do ABC da Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN), quando a estudente Geisy Villa Nova Arruda, aluna do curso de turismo, foi gravemente humilhada por "universitàrios" no dia 22 de outubro por estar de "roupa curta", sendo obrigada a sair escoltada pela Polícia Militar paulista.
O problema é que, segundo divulgado pela imprensa, a presente instituição, através de um artigo publicitàrio divulgado hoje nos principais veìculos de informação, teria "desligado" Geisy do seu quadro discente (leia o comunicado AQUI) por "flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade".
A UNE, União Nacional dos Estudantes, através de nota oficial considerou a posição unibanista uma "violência sexista". (Leia AQUI a nota na ìntegra).
O MEC pretende apurar o fato e repudia a expulsão da jovem, alegando que “essa história absurda teve um desfecho ainda mais esdrúxulo” (Leia a matéria no site do G1).
Eu na minha posição de estudante mestrando e pesquisador pelas universidades de Trento na Itàlia, e Paris Descartes (Paris 5), na França, sociòlogo, jornalista e cidadão não posso aceitar a atitude indigna, preconceituosa, machista e autoritària da Uniban, e, principalmente, a postura dos colegas de Geisy, que em modo patético lotaram os corredores do prédio da "universidade", para xinga-la, desrespeita-la, insulta-la, agredi-la e violenta-la com gritos e atitudes, como por exemplo, gravar imagens através de aparatos audiovisuais.
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Para quem não conhece a història da Universidade Bandeirantes de São Paulo, informo que se tornou universidade a partir do inìcio do governo de Fernando Henrique Cardozo, quando os centros universitàrios de esquina, verdadeiras empresas lucrativas, tiveram aval do então ministério da educação para se tornarem universidades. A idéia era aumentar as vagas de alunos universitàrios, democratizando o ensino superior. Bobagem! Tal fato servia ao governo no processo de privatização e prostituição da esfera pùblica, visando atrair o investimento de capital estrangeiro no paìs, seguindo as tendèncias liberais do mercado ocidental, melhorando a imagem do Brasil no exterior através de dados estatìsticos.
Em poucas palavras, a universidade hoje é praticamente uma continuação obrigatòria da escola. O diploma é necessàrio para o futuro profissional. O senso de universidade não existe e a pesquisa continua nas mãos de uma minorança. Não foi uma democratização do ensino superior, mas uma nova possibilidade ao mercado financeiro e um modo de maquiar a insuficiència do ensino fundamental no paìs.
O aluno de uma destas universidades de esquina, precisa do diploma para ter um futuro melhor. Não pode estudar numa boa escola particular e, portanto, hà menos possibilità na concorrència de uma vaga numa universidade pùblica. Decide então de matricular-se numa instituição privada, cujo os dirigentes/fundatores foram apoiadores do regime militar no Brasil. Deve pagar tanto e por isso trabalha o dia inteiro, pois o curso é noturno. Os professores não podem exigir muito, pois o coitado não tem força e tempo disponìvel para dedicar-se como poderia e deveria. Depois de quatro anos o garoto se forma, como na escola. Seguiu os cursos, fez provas, saiu com os amigos, falou de mulheres, carros e futebol, comprou um novo telefone celular, uma camisa Puma, bebeu Skol. Pronto, diplomado! Ele não é mais ou menos inteligente de um que estudou numa universidade pùblica, teve tempo para fazer pesquisa, esudar, pensar. Não é mais ou menos capaz. Não! Absolutamente. Não! O problema é que teve menos possibilidade em relação ao outro, e sem tem tempo para pensar livremente, não entende que é um produto do sistema, esfrutado pelo tal.
Toda a energia daqueles colegas de Geyse, que em modo covarde e preconceituoso a agrediram, poderia ser usada contra a pròpria instituição, solicitando à sua estatização, ou melhor ainda, a promover a ocupação do reitorado para uma auto-gestão! Enquanto isso não acontecer, a Uniban continuarà sendo uma empresa, que explora seus clientes, prostituindo o sentido de universidade, sendo uma universidade de esquina, isto é, uma Puta, sem desmerecer àquelas que dignamente o fazem por profissão.
O problema é que, segundo divulgado pela imprensa, a presente instituição, através de um artigo publicitàrio divulgado hoje nos principais veìculos de informação, teria "desligado" Geisy do seu quadro discente (leia o comunicado AQUI) por "flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade".
A UNE, União Nacional dos Estudantes, através de nota oficial considerou a posição unibanista uma "violência sexista". (Leia AQUI a nota na ìntegra).
O MEC pretende apurar o fato e repudia a expulsão da jovem, alegando que “essa história absurda teve um desfecho ainda mais esdrúxulo” (Leia a matéria no site do G1).
Eu na minha posição de estudante mestrando e pesquisador pelas universidades de Trento na Itàlia, e Paris Descartes (Paris 5), na França, sociòlogo, jornalista e cidadão não posso aceitar a atitude indigna, preconceituosa, machista e autoritària da Uniban, e, principalmente, a postura dos colegas de Geisy, que em modo patético lotaram os corredores do prédio da "universidade", para xinga-la, desrespeita-la, insulta-la, agredi-la e violenta-la com gritos e atitudes, como por exemplo, gravar imagens através de aparatos audiovisuais.
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Para quem não conhece a història da Universidade Bandeirantes de São Paulo, informo que se tornou universidade a partir do inìcio do governo de Fernando Henrique Cardozo, quando os centros universitàrios de esquina, verdadeiras empresas lucrativas, tiveram aval do então ministério da educação para se tornarem universidades. A idéia era aumentar as vagas de alunos universitàrios, democratizando o ensino superior. Bobagem! Tal fato servia ao governo no processo de privatização e prostituição da esfera pùblica, visando atrair o investimento de capital estrangeiro no paìs, seguindo as tendèncias liberais do mercado ocidental, melhorando a imagem do Brasil no exterior através de dados estatìsticos.
Em poucas palavras, a universidade hoje é praticamente uma continuação obrigatòria da escola. O diploma é necessàrio para o futuro profissional. O senso de universidade não existe e a pesquisa continua nas mãos de uma minorança. Não foi uma democratização do ensino superior, mas uma nova possibilidade ao mercado financeiro e um modo de maquiar a insuficiència do ensino fundamental no paìs.
O aluno de uma destas universidades de esquina, precisa do diploma para ter um futuro melhor. Não pode estudar numa boa escola particular e, portanto, hà menos possibilità na concorrència de uma vaga numa universidade pùblica. Decide então de matricular-se numa instituição privada, cujo os dirigentes/fundatores foram apoiadores do regime militar no Brasil. Deve pagar tanto e por isso trabalha o dia inteiro, pois o curso é noturno. Os professores não podem exigir muito, pois o coitado não tem força e tempo disponìvel para dedicar-se como poderia e deveria. Depois de quatro anos o garoto se forma, como na escola. Seguiu os cursos, fez provas, saiu com os amigos, falou de mulheres, carros e futebol, comprou um novo telefone celular, uma camisa Puma, bebeu Skol. Pronto, diplomado! Ele não é mais ou menos inteligente de um que estudou numa universidade pùblica, teve tempo para fazer pesquisa, esudar, pensar. Não é mais ou menos capaz. Não! Absolutamente. Não! O problema é que teve menos possibilidade em relação ao outro, e sem tem tempo para pensar livremente, não entende que é um produto do sistema, esfrutado pelo tal.
Toda a energia daqueles colegas de Geyse, que em modo covarde e preconceituoso a agrediram, poderia ser usada contra a pròpria instituição, solicitando à sua estatização, ou melhor ainda, a promover a ocupação do reitorado para uma auto-gestão! Enquanto isso não acontecer, a Uniban continuarà sendo uma empresa, que explora seus clientes, prostituindo o sentido de universidade, sendo uma universidade de esquina, isto é, uma Puta, sem desmerecer àquelas que dignamente o fazem por profissão.
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